domingo, 4 de novembro de 2012

Poema cansado

Foram dezoito, quase dezenove anos sem você. 
Dezenove anos sem conhecer o amor quente e assustador que tomou meu ser na primeira troca -maldita- de olhares. 
E anos sem teu beijo, sem teu toque.
Sem você. 
Anos que fui feliz, infeliz, maluca e sã. 
Anos de pureza, malícia e paz.
Anos insones, inquietos, insossos, infames. 
Irritadiços, inquietos, irremediáveis. 
Todos sem você. 
E irás então. Pois abandono meus anos imaginados contigo, ainda que encantadores.
Pois bastam-me os sonhos de amor!
Cansaram-me as poesias e canções!
Romantismo careta. 
Dezenove sem você. Não há nada romântico nisso. 
Quantos mais? Todos os outros? Nem mais um dia? 
Sem você, tudo que sei.
                     Tudo que passo.
                     Nada que quero. 

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