Quero minhas asas libertárias, anjos sem correntes pois toda criatura é livre e assim foi decretado.
E assim flui o mundo. Pois o devir é tão livre quanto o meu coração.
Raxuras e enxertos. Feridas e consertos.
Coração bate porque o sangue flui.
Também.
Eterna lei do mundo ainda que não sancionada e pensada e aceita. Deixa-me fluir pois deixo-lhe escorrer por cada espaço atormentado.
Meu coração tem galhos tortos e frutos maduros.
Colham-nos logo pois senão serão frutos podres ao chão,
bicados por aves e chutados por crianças.
Meu coração tem gatilhos e mecanismos.
Ponham-no para funcionar pois, como toda máquina, não pode parar por muito tempo se não emperra...
Meu coração é.
Num
fluxo
contínuo.
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