E tudo que me oferecias era teu silêncio.
O silêncio vago dos teus olhos mirando janela afora.
Ou a ausência de ruídos nos teus beijos, afagos e orgasmos.
Buscava em teus orbes pequenos e brilhantes a palavra que faltava,
a conversa nunca iniciada, a vergonha nunca extinta.
E tinha ainda o riso baixo, encabulado enquanto nossos
- Teu e meu -
corpos nus repousavam um sobre o outro.
Ofegos, murmúrios, suspiros.
Tinha a tua boca seca e meu corpo molhado.
E suas mãos trêmulas e minhas coxas expostas.
Era uma tarde de sexta. Fria.
Silenciosa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário