quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Quase primavera


Porque só teus olhos tem esse poder devastador sobre mim.
Íris esverdeadas de doce melancolia, como plantas sobre rio lodoso.
Queria um segundo com teus lábios só para meu deleite e prazer,
E beijá-los-ia. E ia. E ia. E ia. E como iria contigo para qualquer lugar.
E iria contigo para a dimensão paradisíaca que se esconde naqueles mesmos olhos,
Os que me intrigam. E que me devoram. E que me enlouquecem.
Pois amor tão grande assim, nunca vi em mim, meu ser não conhecera até tu.

Tu e teus olhos melancólicos. E doces. E meus.Posso tocá-los suavemente com os meus, em sintonia vaga e perdida: Onde colocar as mãos? Como resistir aos teus pequenos encantos... Aqueles que nem sabes que tem.

Teus dedos compridos.
Tuas veias saltadas.
Teus pequenos dentes.
Tuas saboneteiras.
Teus miraculosos olhos.

Olhos de Lucy. Olhos de céu com diamantes. Olhos de ternura incompreendida e rebeldia serena. Tranquilizante potente e combustível dos mais inflamáveis.
Ah... Ah, quantas noites mais?

Quantas noites mais a relembrá-lo?
Quantas noites mais sem tê-lo?

Quantas noites mais que tudo que terei será a lembrança vaga dos teus infantis olhinhos melancólicos...
     Espero-te, meu menino.

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