sábado, 6 de novembro de 2010

Filho, espírito santo, amém.

Corpo. Carne. Dois pares de olhos. Duas bocas atadas. Mãos, unhas, cabelo, suor. "Quero estar tanto em você que vai até esquecer de ti". Divino poder de sonhar com você, me possua, benzinho...
E lá estávamos nós, "sem açúcar, sem afeto", nus sob luar, presos nos lençóis do tempo. Era para ser assim, sempre foi, não é? Aceno de cabeça, talvez sim, talvez não, corpos unidos, mãos em corpos unidos. Nudez sem vergonha. Vergonha nua crua sua minha nossa. A música da harpa dos anjos era tua minha sua nossa respiração. Ofegos. Gemidos. Calor. Suor frio e calafrios e tremores em meio de tanta vontade e tesão mental carnal espiritual. Era um temporal de ideias, desejos... Medos. Ah benzinho, "quero-ficar-no-teu-corpo-feito-tatuagem". Explode, querido, faz de mim teu Éden. Fomos expulsos do paraíso a tanto que não faz mal comer e desfrutar de toda a vermelha doçura da maçã pecaminosa. Vem ser minha fruta proibida, serpente, Eva&Adão no paraíso. Corpos. Dois pares de olhos, bocas, mãos. Alma. Coração.

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