O céu iluminou-se para mim, ouvi trombetas anunciando que a hora da revelação era agora. Eis que uma voz, forte e misteriosa proclamou: Tu, mera mortal, estás condenada a não-ser, para o resto de tua vida! E tudo esvaiu-se. Talvez fosse um sonho, talvez alucinação, talvez eu tenha inventado toda a história para chegar no ponto crucial, o ápice de toda essa baboseira: Não-ser.
Condenaram ou condeneime a não-ser. Não-ser nada, nunca, em lugar algum. E como toda pessoa imposta a uma condição, começo a buscar prós e contras, ajudas e soluções para ser um não-ser feliz.
A palavra, em si, no seu primeiro contato parece negativa. Não-ser. Não-ser feliz, sociável, divertido, alegre, sábio. Mas todos esquecem que não-ser traz consigo não-ser triste, melancólico, sozinho. Não-ser é estar fixado no nada, no vazio do universo e do pensamento. Não-ser é existir, simples e unicelular. Menos importante que bactérias, pois essas ainda tem funções como fixar nitrogênio, decompor e outras que eu não aprendi na aula de biologia.
Não-ser é breve e exige algo tão complicado quando se trata de ser humano. O ato de não-ser exigi simplicidade e, perdoe-me a generalização, toda humanidade é complexa. O corpo é complexo, a mente, a estrutura social, os problemas, as artes, a culinária. A complexidade do mundo me apavora como ser que não-é. Ser que só quer não-ser.
Oh mor, escrever nos surtos é a melhor coisa do mundo. ç-ç E você é a prova disso, riri. Lindo, lindo lindo o texto.
ResponderExcluirCadê :
ResponderExcluirESSE POST FOI DEDICADO À GUILHERME E GABRIEL , EU AMO VOCÊS MIGUINHOS
IUSASHAS
:x
Brincadeira , mas seus textos sao ótimos Marie , me fazem refletir , falando serio mesmo.
E está nos favoritos é sério tbm .
IUASHAUS
Beijos <3