terça-feira, 7 de abril de 2009

Solitas

"Saudade é uma das palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa e também na música popular, "saudade", só conhecida em galego-português descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor. A palavra vem do latim "solitas, solitatis" (solidão), na forma arcaica de "soedade, soidade e suidade" e sob influência de "saúde" e "saudar".
Diz a lenda que foi cunhada na época dos descobrimentos e no Brasil colônia esteve muito presente para definir a solidão dos portugueses numa terra estranha, longe de entes queridos. Define, pois, a melancolia causada pela lembrança; a mágoa que se sente pela ausência ou desaparecimento de pessoas, coisas, estados ou ações. " - Fonte: Wikipédia.

Saudades. Sinto agora. Não só por estar em terras estranhas, descobrindo novas situações longe das pessoas que gosto. De todas que eu gosto. Todas estão longe, sem excessão; Sinto saudades das coisas que fiz e que fazia, de subir duas quadras e ir pra casa de quem eu gosto, de caminhar no parque com quem eu gosto, de passar a manhã toda com quem eu gosto. Eu gosto. Não com quem convivo. Sinto saudades de como me sentia. Das ideias que tinha, da minha visão e do querer ser. Sinto falta daquele medo de morrer sem ter feito determinadas coisas, de não ter dito isso ou aquilo para fulano ou ciclano. Saudades de não dejesar o fim depressa.

Tenho saudades dos planos que fiz, das coisas que não vivi e das pessoas que não conheci. Uma falta imensa de sonhar com tudo que eu não executei, das músicas que nunca ouvi, dos beijos que nunca dei, dos abraços que nunca senti. Essa, para mim, é a pior das saudades. Saudades de coisas que nunca aconteceram... Saudades dos sonhos que tive, dos delírios noturnos, do fechar os olhos e voar.
Voltar atrás, o tempo, os sentimentos, as pessoas... Nada regressa, a vida não para, o progresso impera. E eu continuo na saudade, na minha brasileiríssima saudade.

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