sexta-feira, 20 de julho de 2012

"Se acaso me quiseres... "

Como fazia frio naquela noite.
Tuas pernas tremiam e eu não sabia se era o vento gelado ou nossos beijos intermináveis que lhe faziam tremer.
Você deixou de ser meu menino.
E era claro pela forma que me olhava, e seu sorriso -que agora continha uma malícia deliciosa- e suas mãos quentes contra a pele gélida de minhas costas.
Ah... Como queria poder lembrar de cada palavra dita e sussurro e toque ainda que sutil.
Seus óculos. Meus cigarros. Sua inquietude e minha paz.
Você me tira as noites de sono e me coloca aqui, frente a máquina, dedos incessantes a digitar.
Cabeça incansável a pensar em você, em mim, em nós.
Num passado. Presente. Futuro?

Quem virou menina fui eu. Diminuta perante seu amadurecimento. Tão pequenina que perco as palavras. Escrevo, então...

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