sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
9th
É um sentimento lento e vagoroso, chega manso. Primeiro apresenta-se como um cansaço extremo, uma vontade de dormir anos seguidos, sem dia ou hora para acordar. Mas não é possível manter-se dormindo por mais que horas... E quando acorda-se, já encontra-se inundado e coberto e devastado por esse frio que dá calor e esse choro risonho. Mas não levanta-se da cama. Mantém-se ali, mesmo que seja apenas a alma e o pensamento. Mantém-se inerte e passivo ao mundo exterior. Não importa, não quero ouvir ou saber. E chora. Porque chorar faz bem, ouvira em algum lugar. No começo, disfarcei. Anos a fio, num disfarce impecável, de pura felicidade e interesse. Hoje, não mais. Não quero máscaras e maquiagens. Apresento ao mundo essa escuridão. Os incomodados que fechem os olhos, tapem os ouvidos e afastem-se. Hoje é o dia. Dia da dor.
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